| Foto: www.google.com/search?q=england+EDWARD+LEAR     EDWARD  LEAR (  Inglaterra   )   [ London, ENGLAND,  1812- 1888 ]   Edward Lear  (Highgate, Londres, 12 de Maio de 1812 — San Remo, 29 de Janeiro de 1888) foi  um pintor e escritor inglês.   “Penso que os limerikis de Lear (dotados de um humor tipicamente inglês, de uma Inglaterra  vitoriana), se traduzidos ao pé da letra, não teriam grande aceitação entre  nós. Soariam meio sem sal, um humor que não é o nosso. O que tentei, então, foi  trazê-los o mais que possível para um linguagem e humor atuais que, inclusive,  priviliegiasse as crianças e os adolescentes (para quem, na verdade, Lear os  escreveu).Os Learmarks, como os chamo, são poemas de cinco versos, com uma rima no  primeiro, segundo e quinto versos, e outra no terceiro e no quarto. Não segui  esta receita fielmente. Cada cozinheiro usa seus temperos, mas garanto, o prato  final não difere muito do chef. Além de escrevê-los, Lear também os ilustrava  como ilustrador na Sociedade Zoológica de Londres e depois no Museu Britânico.
 Nesses linericks — ou Nonsense  Songs ou  Old Poems, como Lear os definia — ele  trabalho como o nonsense  que,  segundo Stewart, ”depende de uma pressuposição de sentido.  Sem o sentido não existe o nonsense” . Pois  seguindo esse raciocínio, “o nonsense contrasta com o mundo razoável,  positivo, contextualizado e “natura” do sentido, na qualidade do arbitrário, de  aleatório, de inconsequente, de meramente cultural.  Enquanto o sentido é sensorial, tangível,  real, o nonsense é um “jogo de vapores”, irrealizável, uma ilusão  temporária. Enquanto o sentido é “comum” e “pé no chão”, está em “terra firme”,  o nonsense é “completo”, “puro”, uma área intocada de significados onde  cada gesto é reflexivo” (Dirce Waltrick do Amarante, O Nonsense de Edwqr  Lear Através do Espelho (centopeia.net).
 Alerta esta janela, e tendo o humor do próprio Lear como referência, intentei  esses limeriques brasileiros, com uma pitada de nosso humor, nossa  bossa, nossos temperos. Se vão aprovar o paladar, é com vocês. Bom apetit.
 VINICIUS ALVES
 
   
                    
                      
                        |  |  COYOTE – REVISTA DE LITERATURA E  ARTE. No. 22.  Editores: Ademir Assunção, Editores: Ademir  Assunção, Rodrigo Garcia Lopes. Londrina, PR: KAN EDITORA, 2011.  52 p.      Ex. bibl. Antonio Miranda
       
 
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 http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/poesiamundialportugues.html    Página publicada em abril de 2023   
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